PAULO AFONSO – Pela segunda semana consecutiva – e anotem: vai acontecer muito – os vereadores das bancadas de liderança e oposição [oposição chapa branca] se uniram e votaram para que não houvesse o Grande Expediente na 2ª sessão ordinária da última segunda-feira 25.
Só votaram contrários ao pedido, os vereadores Jean Roubert (PTB) e Mário Galinho (SD), os demais ficaram sentados.
Cumpre dizer que agindo assim, a Câmara sabota o debate público. O púlpito deve ser do vereador, que traz em suas anotações os reclames da população, que por sua vez não tem como ir pessoalmente ao prefeito fazê-las.
O expediente é manjado. Se a gestão está mal, os parlamentares fazem de tudo para calar as poucas vozes dissonantes. A coisa está tão desmascarada que hoje as sessões acontecem sem que haja sequer plateia. O pessoal não vai mais porque sabe que “tá tudo dominado”.
Luiz de Deus não ceifou apenas a presidência de Jean Roubert; ao miná-lo, tirou por tabela, a Câmara do jogo.
Como é que, há uma denúncia de que está faltando merenda escolar em unidas do município e o líder da oposição, José Carlos Coelho (PRB) em vez de pedir ESCLARECIMENTOS, vota a favor de que se cancele o Grande Expediente? É absolutamente inacreditável.
Mais injustificável ainda, se for considerado que só há uma reunião por semana [e como são bem remunerados].
As demandas do povo, gente que perdeu tudo durante as chuvas, não foram amplificadas e, por isso mesmo, legitimadas pelo Poder Legislativo, porque esse como é possível anotar, está curvado a outros interesses. Mas o tempo, senhor de tudo, há de passar. Em um ano esses mesmos cidadãos estarão de porta em porta. Aí será a vez de o povo dar a resposta.