Se o vereador Zezinho do INSS, agora sem partido, for o único político a ter prejuízo pela não aprovação das contas do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos) pela Câmara Municipal ano passado – decisão que sofreu revés judicial – e deve ter como destino a lata do lixo, será uma baita injustiça.
Zezinho sabia, a bem da verdade, os riscos que corria, porque antes de acontecer a tramitação no Parlamento, foi avisado e aconselhado pelo partido a não embarcar na onda “oposicionista” da época, que então tragara com ele, mais dois vereadores da bancada governista. Jean Roubert (PTB), depois de ser escanteado pelo prefeito, lá já residia. Os dez disseram “não” a Anilton, inutilmente.
Zezinho faz lembrar a canção dos Paralamas: Entrei de gaiato no navio, entrei, entrei, entrei pelo cano…
Eis que, Gilmário Marinho – que assistiu tudo de perto, agora quer o mandato -, que o Podemos diz estar vago, do vereador do povão, daquele que muitas vezes não tem “um real para comprar um pão”, como ele gosta de dizer, pois divide com “os filhos de Deus.”
Se Zezinho perder o mandato, pela seu assistencialismo, por tabela, centenas de famílias ajudadas por ele vão perder muito mais.
Quando os vereadores derrubaram as contas do ex-prefeito, Jean falou: “Inauguramos uma nova era na política pauloafonsina”, na verdade a política local não poderia nadar mais para trás como agora.